quarta-feira, 10 de março de 2010

O primeiro de muitos


Não sei se existem mais pessoas no mundo, e provavelmente existem, com o mesmo problema que eu. Eu não conduzo, na realidade penso e mantenho o cérebro activo e a navegar para lá do permitido enquanto prático aquela acção de conduzir um automóvel. Isto normalmente acontece com mais frequência nas solitárias viagens entre casa e o empresa e entre a empresa e casa. Espero que não exista nada no código da estrada que o proíba ou então creio que o meu cadastro vai passar a ser maior que as paginas amarelas. Sei que parece estranho, mas aquelas viagens são uma espécie de ida ao psicólogo, para mim tudo fica ali em pratos limpos e sempre que saio do carro tudo o que pensei fica para trás numa espécie de confidencia doutor – paciente, neste caso entre mim e mim e o carro as vezes. Por norma a música da rádio acompanha o meu raciocínio e ajuda de uma forma indirecta na resolução dos problemas, apenas peço para que o rádio nunca avarie. Sei que não devo ser o único a ter a sensação estranha de pensar de que forma o carro chegou a casa ou de que forma “eu” cheguei a casa, mas a verdade é que aqueles minutos diários fazem melhor pela minha saúde mental do que uma enchente de comprimidos xanax ou prozac.
Espero bem não ser o único no mundo a ter esta sensação, ou então estou bem tramado.
Que aquela empresa me dá cabo dos nervos e que o trabalho se arrasta até ao sossego do lar não é segredo para ninguém e todos os amigos são unânimes em relação a esta constatação. Aquilo não é um emprego, é o inferno na terra e nem de extintor aquilo acalma. (ponto) São aquelas viagens que me acalmam a alma. São aquelas viagens que me aliviam a tensão e evitam que eu tenha um AVC, um enfarte ou coisa parecida.
É com base nas ilações que muitas vezes resultam daquelas viagens, que decidi começar a escrever neste blog, preciso sem dúvidas de partilhar algumas das coisas que penso sejam elas correctas, incorrectas, boas ou más, a verdade é que preciso mesmo de dissertar sobre muita coisa. Ainda bem que para estes lados o trânsito flui ou então estaria tramado com o meu agente de seguros.
E como começar este blog??? Desde já e em jeito de inicio quero agradecer aos amigos, (aviso prévio: isto vai parecer a entrega dos Óscares) aos amigos que são verdadeiros amigos, aos amigos que vão ainda ser amigos, aos amigos dos amigos, aqueles amigos que querem ser amigos e que ainda não o são, aos amigos que estão longe e que ainda se lembram de nós, aos amigos que nem sabia que eram amigos, aos amigos da onça (podem ser amigos, mas mesmo assim lutam pelo nosso lugar), aos amigos que eram amigos e que deixaram de ser amigos… bem a estes últimos eu apenas tenho a dizer que se deixaram de ser amigos é porque alguma coisa aconteceu e de certeza não fui eu que mudei, alias nem de telemóvel eu mudei… aos que se vão tornar amigos depois de lerem isto e claro como não podia deixar de ser, as amigas dos amigos e amigas que queiram que eu seja mais do que um amigo. A todo eles o meu obrigado… (eu avisei)…
                Curioso é que foi numa destas viagens que eu percebi os amigos. Agora percebo a sua maneira de ver o mundo, percebe os que são realmente meus amigos, aqueles em que posso confiar alguma coisa ou coisa nenhuma. Porque continuo a dizer que são eles o mais importante no mundo, porque tenho para mim que quem perde um amigo perde uma parte importante da sua vida.
                Só não deixo aqui agradecimentos aos amigos imaginários porque graças as viagens ainda não cheguei a esse estado. Se esse dia chegar, arranjo forma de trabalhar a uns 300km pelo menos de casa. Fiquem bem…. D

2 comentários:

  1. Domingos, parabéns pelo blogue! Curioso e interessante, o título! Apetece-me respoder: não, não é, eu também partilho de algumas opiniões que expõe no seu texto.
    Vou ser seguidora do seu blogue e visitá-lo-ei sempre que tiver disponibilidade, que o tempo não é muito...
    Quanto aos erros, há alguns, sim senhor, sobretudo de acentuação e de concordâncias, mas não ortográficos, que é o mais grave. E erros, quem não os comete? Ainda hoje, li no rodapé de um telejornal o verbo paralisar escrito com z! E é serviço público!... E há milhões de pessoas que lêem aquilo!...
    Continue a escrever.

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  2. Eu também errei, Domingos! Reparou que escrevi "respoder" em vez de "responder"?
    No computador, isto pode acontecer. Já me tem acontecido omitir letras nos testes. Claro que os alunos compreendem ...

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